sexta-feira, 25 de maio de 2012

As vantagens de se trabalhar com Sequência Didática


As vantagens de se trabalhar com Sequência Didática

Aulas que desafiam e ensinam

O que é uma sequência didática?
 
Conjunto de aulas planejadas para ensinar um determinado conteúdo sem que necessariamente tenha um produto final. Sua duração pode variar de dias a semanas e várias sequências podem ser trabalhadas durante o ano, de acordo com o planejado ou com as necessidades da classe. A sequência didática apresenta desafios cada vez maiores aos alunos, permitindo a construção do conhecimento.

Primeiro, é necessário efetuar um levantamento prévio dos conhecimentos dos alunos e a partir desse planejar uma série de aulas com desafios e/ou problemas, atividades diferenciadas, jogos, uso de diferentes linguagens e gêneros de textos e análise e reflexão. Gradativamente, deve-se aumentar a complexidade dos desafios e dos textos permitindo um aprofundamento do tema proposto.

CONHECIMENTO PRÉVIO E INTERESSE DOS ALUNOS


Os conteúdos trabalhados em sala de aula devem contribuir para a formação de cidadãos conscientes, informados e capazes de transformar a sociedade. Muitos professores montam suas aulas tendo como centro o interesse dos alunos acreditando que assim, teriam como refletir sobre o meio em que vivem e o que os cerca. Essa prática nem sempre garante bons resultados, em geral ao se valorizar apenas o conhecimento que os alunos trazem, fica-se na superficialidade e presos ao imediatismo.


TRABALHO INTERDISCIPLINAR

A sequência didática permite a interdisciplinaridade quando, ao tratar de um tema dentro de uma disciplina, o professor recorre a conhecimentos de outra. Interdisciplinaridade é a articulação entre as disciplinas que permite trabalhar o conhecimento globalmente e superando a fragmentação. Só um tema gerador trabalhado pela ótica de diferentes disciplinas não garante a interdisciplinaridade.

O tema gerador é um ponto de partida, não o centro do estudo e nem deve ser longo, para não cansar. Durante o planejamento coletivo por disciplinas, áreas e entre áreas permite determinar as possibilidade de trabalho interdisciplinar durante o ano, a partir das pesquisas dos alunos, do professor ou em parceria.


TEMPO DIDÁTICO: OBJETIVOS CLAROS

Uma das maiores dificuldades do planejamento é a definição do tempo necessário para o trabalho com um determinado tema, atividade, projeto. A definição de três pontos são essenciais: o que quero ensinar, como cada aluno aprende, como será feito o acompanhamento e avaliação dos alunos. Ou seja, primeiro estabelecemos habilidades e competências, as noções e conceitos, os objetivos e os conteúdos que alicerçarão essa construção. Depois, pensar nas atividades a serem desenvolvidas baseadas em como os alunos aprendem, além das linguagens e gêneros de textos para efetuar essa aprendizagem.

O tempo deverá permitir a avaliação constante da produção dos alunos e saber as intervenções que se farão necessárias caso surjam dificuldades nessa construção. Sempre é recomendável planejar o encerramento antes do final do bimestre ou semestre, prevendo uma folga para as intervenções e correções de rumo.


Fonte:
http://revistaescola.abril.com.brEdições anteriores (acesso 30.08.2006)

 



SEQUENCIA DIDÁTICA 1
Professoras: Adriana Kelly Moraes Cavalcanti
Fernanda Cavalcanti
Série: 3º Ano Ensino Médio

Descritores:D1,D2,D3,D4,D5,D12,D13,D14.
1º momento
Explanação sobre as características de um texto literário, objetivando facilitar a interpretação.
Leitura e análise dos textos 1 e 2, observando os seguintes tópicos:
2º Momento
Trabalhar a intertextualidade utilizando os textos 1 e 3 - Escuta da poesia matuta Vou-me embora pro passado
Apresentar as características de uma dissertação
Leitura de textos com opiniões diferentes sobre o tema/pergunta: A vida no passado é melhor do que a vida hoje? ( levar o estudante a perceber a estrutura de uma dissertação com a leitura dos textos 4,5 e 6)
Propor um debate sobre o tema/pergunta
Propor uma produção de um texto dissertativo com  o tema/pergunta
3º Momento
Entregar e comentar sobre as produções( coerência entre os parágrafos, uso de elementos coesivos, concordância e ortografia)
4º Momento
Explanação sobre o gênero textual Seminário
Preparação e realização de um Seminário com tema Vou-me embora pro passado...
Aspectos gerais
Estilo de vida
Músicas
Danças
Vocabulário

5º Momento
 Produção de uma paródia do texto Vou-me embora pro passado – Vou-me embora pro presente. ( contraponto)
Enquete com votação secreta: A evolução tecnológica trouxe melhoria significativa na qualidade de vida das pessoas?
Produção de um artigo de opinião ( antes da produção apresentar a estrutura de um artigo de opinião).

          INTENCIONALIDADE COMUNICATIVA
          O PONTO DE VISTA DO AUTOR
          EM QUE PESSOA ESTÁ ESCRITO
          ONDE  E QUANDO FOI PRODUZIDO ( ESPAÇO SÓCIO-CULTURAL)
          O REGISTRO LINGUÍSTICO ( linguagem utilizada)
          EM QUE TEMPO ESTÁ ESCRITO
          A SELEÇÃO LEXICAL ( palavras que estão no texto e fazem relação com o tema do texto)
          INTERLOCUTOR (público alvo)
          CLASSIFICAÇAO DO TEXTO (se é literário ou não literário)
          VEÍCULO DE CIRCULAÇÃO

TEXTO 1
Vou-me Embora pra Pasárgada
              Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


TEXTO 2













TEXTO 3
Vou-me embora pro passado
Jessier Quirino

"No rastro da Bandeira de Manuel"

Vou-me embora pro passado
Lá sou amigo do rei
Lá tem coisas "daqui, ó!"
Roy Rogers, Buc Jones
Rock Lane, Dóris Day
Vou-me embora pro passado.

Vou-me embora pro passado
Porque lá, é outro astral
Lá tem carros Vemaguet
Jeep Willes, Maverick
Tem Gordine, tem Buick
Tem Candango e tem Rural.

Lá dançarei Twist
Hully-Gully, Iê-iê-iê
Lá é uma brasa mora!
Só você vendo pra crê
Assistirei Rim Tim Tim
Ou mesmo Jinne é um Gênio
Vestirei calças de Nycron
Faroeste ou Durabem
Tecidos sanforizados
Tergal, Percal e Banlon
Verei lances de anágua
Combinação, califon
Escutarei Al Di Lá
Dominiqui Niqui Niqui
Me fartarei de Grapette
Na farra dos piqueniques
Vou-me embora pro passado.

No passado tem Jerônimo
Aquele Herói do Sertão
Tem Coronel Ludugero
Com Otrope em discussão
Tem passeio de Lambreta
De Vespa, de Berlineta
Marinete e Lotação.

Quando toca Pata Pata
Cantam a versão musical
"Tá Com a Pulga na Cueca"
E dançam a música sapeca
Ô Papa Hum Mau Mau
Tem a turma prafrentex
Cantando Banho de Lua
Tem bundeira e piniqueira
Dando sopa pela rua
Vou-me embora pro passado.

Vou-me embora pro passado
Que o passado é bom demais!
Lá tem meninas "quebrando"
Ao cruzar com um rapaz
Elas cheiram a Pó de Arroz
Da Cachemere Bouquet
Coty ou Royal Briar
Colocam Rouge e Laquê
English Lavanda Atkinsons
Ou Helena Rubinstein
Saem de saia plissada
Ou de vestido Tubinho
Com jeitinho encabulado
Flertando bem de fininho.

E lá no cinema Rex
Se vê broto a namorar
De mão dada com o guri
Com vestido de organdi
Com gola de tafetá.

Os homens lá do passado
Só andam tudo tinindo
De linho Diagonal
Camisas Lunfor, a tal
Sapato Clark de cromo
Ou Passo-Doble esportivo
Ou Fox do bico fino
De camisas Volta ao Mundo
Caneta Shafers no bolso
Ou Parker 51
Só cheirando a Áqua Velva
A sabonete Gessy
Ou Lifebouy, Eucalol
E junto com o espelhinho
Pente Pantera ou Flamengo
E uma trunfinha no quengo
Cintilante como o sol.

Vou-me embora pro passado
Lá tem tudo que há de bom!
Os mais velhos inda usam
Sapatos branco e marrom
E chapéu de aba larga
Ramenzone ou Cury Luxo
Ouvindo Besame Mucho
Solfejando a meio tom.

No passado é outra história!
Outra civilização...
Tem Alvarenga e Ranchinho
Tem Jararaca e Ratinho
Aprontando a gozação
Tem assustado à Vermuth
Ao som de Valdir Calmon
Tem Long-Play da Mocambo
Mas Rosenblit é o bom
Tem Albertinho Limonta
Tem também Mamãe Dolores
Marcelino Pão e Vinho
Tem Bat Masterson, tem Lesse
Túnel do Tempo, tem Zorro
Não se vê tantos horrores.

Lá no passado tem corso
Lança perfume Rodouro
Geladeira Kelvinator
Tem rádio com olho mágico
ABC a voz de ouro
Se ouve Carlos Galhardo
Em Audições Musicais
Piano ao cair da tarde
Cancioneiro de Sucesso
Tem também Repórter Esso
Com notícias atuais.

Tem petisqueiro e bufê
Junto à mesa de jantar
Tem bisqüit e bibelô
Tem louça de toda cor
Bule de ágata, alguidar
Se brinca de cabra cega
De drama, de garrafão
Camoniboi, balinheira
De rolimã na ladeira
De rasteira e de pinhão.

Lá, também tem radiola
De madeira e baquelita
Lá se faz caligrafia
Pra modelar a escrita
Se estuda a tabuada
De Teobaldo Miranda
Ou na Cartilha do Povo
Lendo Vovô Viu o Ovo
E a palmatória é quem manda.

Tem na revista O Cruzeiro
A beleza feminina
Tem misse botando banca
Com seu maiô de elanca
O famoso Catalina
Tem cigarros Yolanda
Continental e Astória
Tem o Conga Sete Vidas
Tem brilhantina Glostora
Escovas Tek, Frisante
Relógio Eterna Matic
Com 24 rubis
Pontual a toda hora.

Se ouve página sonora
Na voz de Ângela Maria
"— Será que sou feia?
— Não é não senhor!
— Então eu sou linda?
— Você é um amor!..."

Quando não querem a paquera
Mulheres falam: "Passando,
Que é pra não enganchar!"
"Achou ruim dê um jeitim!"
"Pise na flor e amasse!"
E AI e POFE! e quizila
Mas o homem não cochila
Passa o pano com o olhar
Se ela toma Postafen
Que é pra bunda aumentar
Ele empina o polegar
Faz sinal de "tudo X"
E sai dizendo "Ô Maré!
Todo boy, mancando o pé
Insistindo em conquistar.

No passado tem remédio
Pra quando se precisar
Lá tem Doutor de família
Que tem prazer de curar
Lá tem Água Rubinat
Mel Poejo e Asmapan
Bromil e Capivarol
Arnica, Phimatosan
Regulador Xavier
Tem Saúde da Mulher
Tem Aguardente Alemã
Tem também Capiloton
Pentid e Terebentina
Xarope de Limão Brabo
Pílulas de Vida do Dr. Ross
Tem também aqui pra nós
Uma tal Robusterina
A saúde feminina.

Vou-me embora pro passado
Pra não viver sufocado
Pra não morrer poluído
Pra não morar enjaulado
Lá não se vê violência
Nem droga nem tanto mau
Não se vê tanto barulho
Nem asfalto nem entulho
No passado é outro astral
Se eu tiver qualquer saudade
Escreverei pro presente
E quando eu estiver cansado
Da jornada, do batente
Terei uma cama Patente
Daquelas do selo azul
Num quarto calmo e seguro
Onde ali descansarei
Lá sou amigo do rei
Lá, tem muito mais futuro
Vou-me embora pro passado


(N.A. Poema inspirado na leitura do livro Memorial de Marco Polo Guimarães, Edições Bagaço; em conversa antiga; e em outros poemas meus.)

Jessier Quirino
é paraibano de Campina Grande, arquiteto por profissão, poeta por vocação, vive atualmente em Itabaiana. É o autor dos livros "Paisagem de Interior", "A Miudinha", "O Chapéu Mau e O Lobinho Vermelho" "Agruras da Lata D'Água", "Prosa Morena - acompanha um CD com gravações de alguns poemas", "Política de Pé de Muro" e "A Folha de Boldo - Notícias de Cachaceiros", além de cordéis, causos, musicas e outros escritos. O crítico do Jornal do Commércio - Recife fez o seguinte comentário:

"A poesia matuta já é um estilo consagrado da literatura brasileira. Nomes como Patativa do Assaré, Catulo da Paixão Cearense e Zé da Luz são conhecidos em todo o país como os principais representantes do gênero. Um pouco menos famoso que os três, mas podendo ser considerado tão importante quanto, é Jessier Quirino, poeta paraibano que vem se destacando por seu estilo humorístico."

O poema acima consta do livro "Prosa Morena", Editora Bagaço - Recife, 2001.




TEXTO 4
MUDANÇAS
O mundo passou por várias mudanças desde a descoberta de novas tecnologias e o crescimento global. Parando para pensar em tudo o que mudou não se sabe ao certo  se mudou para melhor ou para pior.
Ao comparar tudo o que se tinha para o que se tem. Lógico houve muita evolução, mas qual evolução é a que temos? Será que o homem, quando começou a evoluir, pensou no mundo a sua volta.
            Antigamente, o homem. Era cavaleiro, romântico, quando se apaixonava, vivia a procura da sua amada e o casamento era para sempre.Hoje em dia o homem é egoísta, antissocial, pensa só em si, não tem coração, e não ama nem a si próprio.
            Antes  a mulher era passiva, obediente, não podia demonstrar seus sentimentos vivia reprimida em seu canto, mas o homem sempre vivia em função dela.Atualmente a mulher é livre de qualquer preconceito, vive em plena liberdade, luta pela igualdade,mas, pensa só nela e esquece do outro.
Na alimentação tínhamos frutas, verduras, legumes, carnes fresca, produtos saudáveis sem agrotóxicos, livres de muitas bactérias, o que aumentava a resistência de nosso organismo.Hoje temos no mercado produtos industrializados, que não sabemos como foi fabricado, com alguns tóxicos que fazem mal, e o organismo está sem resistência.
E quanto ao clima? No verão passado,verão era verão, muito sol e chuva, não se tinha enchentes a água da chuva era limpa e podíamos brincar nela.
E agora não se sabe mais ao certo em qual a estação se está.Chove, faz frio, não se pode ficar na chuva se não fica doente, os dias estão mais quentes e o calor é insuportável.
E o que dizer sobre as brincadeiras, brincava-se  na rua de amarelinha, esconde-esconde, pega-pega, cabra-cega, passar o anel, barra-bandeira,queimado.Atualmente as crianças ficam vidradas na tela da televisão ou do computador.
È interessante lembrar o Carnaval no passado. Carnaval se brincava na rua, tinha os blocos, onde as pessoas se fantasiavam,brincavam de mela-mela e tinham medo do papangu.E hoje? O carnaval é só beber, beijar, ver mulher seminua, homem com sede de sexo, mulheres menos inibidas saindo por ai sem saber o que esta fazendo.
            Como podemos ver o mundo esta evoluindo, para melhor e para pior, melhor na comodidade e pior nos relacionamentos humanos. A praticidade do mundo moderno afeta também o meio ambiente, antes os bebês usavam fraldas de tecido, hoje usam fraldas descartáveis que poluem o meio ambiente, sem falar nas embalagens de produtos industrializados: plástico e isopor. A possibilidade de se ter um transporte aumentou e muito a poluição do ar. Fica então a pergunta: a vida no passado era melhor?

TEXTO 5
Educação de antigamente e de hoje
 
            Os pais de antigamente queriam ver os filhos trabalhando ainda crianças. O estudo ficava em segundo plano. Os pais de hoje preferem ver os filhos só estudando, porque trabalhar é assunto para só depois da faculdade – se tiver emprego, é claro. Hoje a lei proíbe o trabalho de menores de idade.
            Os pais de antigamente achavam que os filhos tinham que crescer logo para se virar na vida, que era considerada dura e cheia de desafios. Os pais de hoje gostariam que os filhos não crescessem. Crescer pra quê? Para morarem sozinhos, trabalhar, pagar as contas, fazer compras no supermercado, providenciar alguém para lavar a roupa, cozinhar, arrumar a casa! Casados terão filhos...para os avós cuidarem. Teriam mais responsabilidade e preocupação! Pra que casar se eles podem namorar no shopping, no carro, em casa, até no quarto de dormir. Podem chegar a hora que quiserem da madrugada! Em casa o (a) filho (a) tem comida e roupa lavada, pra quê ir a luta? Em casa não precisarão arrumar o quarto, nem recolocar as coisas no lugar, nem ajudar os pais a descarregar as compras, nem ajudar a mãe na cozinha. Então, por que virar adulto? Para ser responsável e ter que encarar a vida tão perigosa e incerta lá fora?
            Os pais de antigamente exerciam ao máximo sua autoridade sobre os filhos. Eram autoritários e reprimiam todos os desejos. Os pais de hoje se acovardam diante do poder crescente dos filhos. Existem crianças que batem de verdade nos pais e eles não sabem como reagir. Faz sucesso um programa da TV inglesa, “Super Nany” (aqui é “Super babá”) que ensina aos pais como se defender e sustentar regras para lidar com os filhos. Pais acovardados e sem autoridade era impensável, antigamente. Alguns pais de nossa época justificam sua covardia como defesa para o (a) filho(a) não fugir de casa, como aquele caso que virou notícia na imprensa. Os pais de hoje temem a explosão emocional e reação de vingança dos filhos; também temem serem mal interpretados pelos especialistas e vizinhos de plantão.
            Os pais de antigamente comandavam totalmente a educação dos filhos. Hoje os pais sentem comandados pelos seus rebentos. Resta a esperança para alguns de que a escola eduque-os. Os pais que com esforço retomam a função de “pai” e de “mãe” tendem a sentir culpa, porque dizer um ‘não’ dá a impressão de serem autoritários.
            Conversas sobre a sexualidade antigamente não aconteciam. Hoje, muitos pais ainda resistem conversar sobre sexo; parecem mais preocupados com as drogas e as doenças transmissíveis do que em prevenir o crescimento do número de gravidez precoce entre adolescentes. (“Não houve grandes mudanças nas relações dos pais quanto eles eram adolescentes se comparado aos tipos de relação que estabelecem com seus filhos atualmente”, segundo a pesquisa de Luciane Cristo e Josiane P. Ferreira – Cascavel/Pr.,publicada na Revista Nova escola ,abril de 2010.
            Antigamente os jovens entravam em conflito sobre valores sociais, políticos, econômicos, religiosos, estéticos e comportamentais (brigavam pelo direito de usar os cabelos compridos e vestir uma calça velha-azul-e-desbotada). “Nós, que amávamos tanto a revolução” também éramos embalados pelo sonho de uma sociedade alternativa, ecológica, justa, igualitária, com fundo musical de rock ou new age. As crianças e os jovens do início do terceiro milênio não vivem um sonho coletivo de mudança social. Seu sonho é meramente subjetivo, tribal e plural. São mais propensos à discussão sobre assuntos menores do cotidiano como os games, amigos, namoro, aparência, do que os “grandes temas” da década de 1970. Os pais mais à esquerda já não conseguem conversar com os filhos os assuntos que eles, na sua época, consideravam importantes. Também, não conseguem fazê-los cumprir as pequenas coisas: regrar a hora de eles voltarem para casa, o tempo de ficar nos games, ler os jornais e revistas.
            Antigamente os pais ricos simplesmente criavam os filhos. O ensino preceptorial se encarregava de dar uma “boa educação” aos economicamente privilegiados. Com o advento da “escola de massa”, no Brasil, a partir das décadas de 1970 e 80, foi anunciado para todos que a escola era quem devia “educar”. Os pais, agora, poderiam se dedicar ao trabalho e/ou se dedicarem plenamente à carreira profissional. Naquela concepção, seria mais “científico” e “moderno” deixar que os professores educassem a nova geração. Entretanto, esses abnegados profissionais foram humilhados de serem somente “professores” (formados em série como se fossem eucaliptos – “essa árvore sem vergonha”[1][1]), e foram cobrados para serem “educadores” (comparados às velhas árvores: os jequitibás).
O resultado daquele discurso educacional a sociedade paga até hoje: os pais se desobrigaram de “educar” os filhos e a escola perdeu o seu foco de trabalho de ser eminentemente “ensinante”.
Obs: esse “antigamente” refere-se a não mais que trinta, quarenta anos. Ou seja, antigamente não é tão antigamente.
                               
TEXTO 6
A vida melhorou, isso é fato!
É difícil imaginar o mundo sem internet, sem celular, sem produtos industrializados. A vida hoje em dia é boa demais.Tudo é mais fácil, mais rápido e até mais barato.
Um bom exemplo disso é o acesso a livros.Antigamente livro era um produto caríssimo porque eram escritos ou a mão ou em máquinas de datilografia, o que demorava um eternidade.Para se ter uma ideia só tinha Bíblia em casa quem tinha uma boa condição financeira.
Outro exemplo é a comunicação. Em toda cidade tinha postos telefônicos e você precisava marcar hora para falar com alguém que estava em outra cidade, a ligação era muito cara.Com o celular e a interne houve a aproximação das pessoas, sem contar que esses meios de comunicação facilitam a vida no que diz respeito a praticidade de pagar contas e fazer compras, resolver problemas sem precisar se deslocar, enfim ganhamos tempo.
Ganhamos também mais diversão, liberdade de expressão, temos acesso a filmes, graças ao aparelho de DVD, antes filme só no sábado em Supercine.Hoje escutamos a música que queremos, no lugar que queremos,se gostamos de uma música é só baixar no celular e pronto.
Não há como negar que a vida mudou e mudou para melhor.

SEQUENCIA DIDÁTICA 2
D10
LITERATURA E INTERPRETAÇÃO DE UMA NARRATIVA, PRODUÇÃO DE UMA RESENHA.
1º MOMENTO
Retrospectiva literária até chegar ao PRÉ-MODERNISMO
2º MOMENTO
Interpretação do conto “Negrinha” de Monteiro Lobato ( evidenciar as características do pré-modernismo presentes no conto lido)
3º MOMENTO
Assistir ao filme GUERRA DE CANUDOS (sessão de cinema no contraturno)

Propor a produção de uma resenha sobre o filme